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Foto do escritorJéssica Iancoski

Um dia Fomos Pássaros - Jéssica Iancoski | Conto Cigano

Conto cigano Um Dia Fomos Pássaros na versão de Jéssica Iancoski.


A história infantil em áudio foi gravada para o Podcast Infantil Jejéqui Lê.

Conta sobre uma época em que os ciganos ainda eram pássaros.


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Um dia Fomos Pássaros Conto cigano
Um Dia Fomos Pássaros (Conto Cigano: Jéssica Iancoski/Jejéqui Lê)

História infantil em áudio: Um Dia Fomos Pássaros


Conta a lenda que antigamente os ciganos eram pássaros e como bons pássaros que eram, gostavam de voar por aí, nômades, sempre em busca de novos aprendizados.


Certo dia, em pleno voo, o bando viu um enorme palácio dourado, brilhando ao sol e refletindo luz o suficiente para ofuscar a visão.


— Vamos descer para ver o que é isso! É magnífico! — disse um dos pássaros.


Então, todos desceram.


Ao pousar, logo perceberam que o palácio era habitado por perus, galinhas e patos — aves que não eram acostumadas a voar!


E essas aves maravilhadas ou com muita inveja, não dá para saber, começaram a oferecer aos pássaros-ciganos todos os tipos de joias e farturas, isso, para que eles não fossem embora.


Não demorou muito até que todos estivessem cobertos de correntes de ouro, dos pés à cabeça.


Afinal, era ouro! Era brilhante e era lindo!


Apenas um dos pássaros resistiu, dizendo:


— Tudo isto é inútil! Andem, precisamos voltar ao nosso voo. Somos nômades! Como voaremos carregando tudo isso? Pode até ser lindo, mas o ouro é pesado! Impossível voar com ele.


Mas ninguém deu atenção ao pássaro. O pensamento já tinha sido ofuscado pelo brilho da riqueza.


Então, com muita dor no coração, o pássaro que havia resistido, levantou voo sozinho.


— FLAFT, FLAFT, FLAFT...


E quando os outros pássaros ouviram o barulho das asas batendo ao vento, se lembraram do som da liberdade, acordando do entorpecimento.


— FLAFT, FLAFT, FLAFT, FLAFT, FLAFT, FLAFT, FLAFT, FLAFT, FLAFT — Todos começaram a bater as asas também.


Mas era tarde!


Realmente o ouro pesava e os puxava para o chão. Então, nenhum deles conseguia voar!


E os perus, as galinhas e os patos começaram a comemorar a vitória!


— HAHAHAHA! Vamos mantê-los para sempre aqui embaixo, acorrentados pelo ouro!


Foi quando de repente, uma pequena pena vermelha — vinda não se sabe da onde, alguns dizem que foi a ajuda que o pássaro que conseguiu voar encontrou — deslizou pelo céu caindo dentro do palácio...


E no exato momento em que ela tocou o chão, todo ouro que acorrenta os pássaros-ciganos caiu dos seus corpos, atingindo o chão.


— FLAFT, FLAFT, FLAFT, FLAFT, FLAFT, FLAFT, FLAFT, FLAFT, FLAFT... — Eles tentaram levantar voo novamente.


Mas continuava tarde! Parecia que suas asas não obedeciam mais.


Então, a pena vermelha, levantada pelo vento do bater das asas dos pássaros, saiu voando suavemente do palácio, desaparecendo no horizonte.


Os pássaros-ciganos tentaram segui-la, mas aos poucos foram perdendo suas penas, uma por uma, transformando-se em humanos e esquecendo-se de como voar.


É por isso os ciganos têm corpo de homem e alma de pássaro.


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