Conto infantil Diana, de Jéssica Iancoski.
A história infantil em áudio foi gravada para o Podcast Infantil Jejéqui Lê.
Conta sobre uma menina chamada Diana, que é indígena e mora na cidade.
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História infantil em áudio: Diana
Era uma vez, não tão longe daqui, uma menina de quatros anos chamada Diana.
Diana era uma guerreira de sangue indígena! Era linda, inteligente e muito determinada.
Os seus cabelos eram um pouco enroladinhos como as conchas do mar ou o ponto no fio de um artesanato, a sua pele era bonita como um balançar na rede e só os olhos de Diana carregavam mais sensibilidade do que muitas pessoas chegam a conhecer em vida.
Diana era Diana, uma criança sensível e filha de toda a sabedoria ancestral da mãe-terra!
Entretanto, ao contrário do que você possa estar pensando, Diana não vivia na mata, nem na floresta e muito menos em uma oca…
Ela era uma indígena da cidade! E criança como você: brincalhona, sorridente e com muitas perguntas.
Diana estava sempre perguntando para a sua mãe:
— Mamãe! A gente é indígena, certo? Então, por que a gente vive na cidade?
E a mãe de Diana respondia:
— Porque o que define se uma pessoa é indígena ou não, não é o lugar que ela mora. É toda a história que ela carrega no sangue.
E uns dias depois, vinha outra pergunta:
— Mamãe! Falaram que indígena não pode gostar da Dora Aventureira, porque não é coisa de indígena. É verdade?
— Não, não, não...Indígena pode gostar do que quiser. Além do mais, coisa de indígena é tudo o que indígena gosta.
E nos outros dias, mais e mais perguntas!
— Mamãe! Eu posso gostar de sorvete?
— Pode!
— Mamãe! Eu tenho que ficar me pintando?
— Só se você quiser.
— Mamãe?! Mamãe?! Mamãe?! — Diana tinha um milhão de perguntas dentro dela.
E tantas perguntas assim… Só podiam caber dentro de uma criança especial!
E todos os dias ela crescia um pouquinho e tentava se entender sempre outro pouquinho a mais — e as perguntas serviam para ajudar nisso!
Embora, seja verdade que nem sempre era fácil entender a si e ao mundo.
Só que quando Diana se deparava com algo que era mais difícil, mesmo sem perceber, ela dava tempo ao tempo e ia dançar, pintar, brincar e depois tudo ficava bem.
Além do mais, Diana era uma ótima dançarina! Com as suas danças próprias, repletas de talento.
Diana era uma verdadeira artista e quanto mais perguntas ela tinha, melhor dançarina ela ficava — eu sei que isso pode parecer meio estranho, mas é verdade, porque dançar também a ajudava a entender quem ela era.
Assim como compor ajuda os cantores.
E escrever ajuda os poetas;
E desenhar ajuda os pintores!
Para mais tarde ajudar todo mundo.
É por isso que as artes são tão importantes!
E eu espero do fundo do meu coração que daqui algum tempo todos vocês conheçam pessoas que são Dianas, guerreiras indígenas, dançarinas, artistas, pintoras, poetas que carregam dentro de si a sabedoria e a resistência de mil povos indígenas!
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